25 DE ABRIL: PASSADO, PRESENTE E FUTURO - LIBERDADE…

     L de Livre, I de Ideal, B de Beleza, E de Encontro, R de Realidade, D de Dádiva, A de Asa de andorinha, D de Desafio e E de Encalço.

     No encalço de um sonho, há 50 anos, Portugal viu o fim de uma ditadura que atravessou gerações. O que não passava de um ideal transformou-se em realidade e deu lugar a um novo período na História: uma dádiva de democracia, um desafio de transformação, a possibilidade de uma sociedade livre, o  encontro entre a beleza e o sonho, asa de andorinha prestes a voar…

     Enquanto representante de uma geração já nascida depois desse período, o 25 de abril soa a algo mítico, um conto de fadas, efabulação de escritor ou às belas histórias da História que o meu avô tantas vezes contava. Como entender algo não vivido, como compreender uma luta que não foi nossa, mas que de nós fez o que somos? É a memória de um passado, uma história coletiva, o imaginário de um povo sofrido. É a voz de meu avô, a voz de meus pais, que me ensinaram a não tomar nada como garantido, a ver o mundo com olhos de luta, de conquista e fé, a perceber que tudo está nas nossas mãos e que é de nossa responsabilidade garantir uma sociedade justa, igualitária e livre.

     E é esta a mensagem essencial: justiça, igualdade e liberdade. É este o grito aparentemente esquecido numa sociedade em que o declinar de valores parece ser cada vez mais forte. É urgente reviver o 25 de abril, relembrar a democracia, renascer enquanto povo, enquanto nação europeia e do mundo e mostrar às novas gerações que o mito e a lenda, a efabulação e a História andam de mãos dadas e são a força motriz para a transformação e para o progresso. O passado é o futuro e o presente o caminho para a mudança.

     25 de abril, sempre!